quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O FIM DO MUNDO


Trata-se de mais uma daquelas superproduções hollywoodianas feitas para arrecadar muito dinheiro nas bilheterias e locadoras. O pano de fundo é a “profecia” maia, segundo a qual uma catástrofe global porá fim à história humana.


Por algum motivo, os neutrinos irradiados pelo Sol começam a interagir com o interior da Terra (na verdade, neutrinos atravessam nosso planeta a todo momento, mas são inertes), superaquecendo o manto e causando atividade sísmica sem precedentes. Terremotos começam a ocorrer em todos os lugares, causando muita destruição. Como os cientistas já sabiam que isso iria acontecer, as nações mais ricas do planeta, lideradas (como sempre) pelos Estados Unidos, desenvolveram um plano de salvação: construir algumas “arcas” (grandes e poderosas embarcações) para nelas salvar animais, obras de arte e parte da humanidade – a parte mais inteligente e rica, evidentemente.

Embora o nome de Deus seja mencionado em vários momentos e até mesmo o presidente dos Estados Unidos seja visto orando na capela da Casa Branca, o que fica mesmo claro no filme é o abandono da humanidade por parte de “Deus”. As cenas que reforçam essa ideia não são nem mesmo sutis: (1) a destruição do Cristo Redentor por um tsunami gigantesco, (2) o desmoronamento da cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano, que cai sobre fieis que rezam com velas nas mãos (inclusive uma rachadura no teto da Capela Sistina separa as mãos de Deus e do homem na famosa pintura de Michelangelo), e (3) a morte de monges budistas atingidos no alto das montanhas por uma megainundação. Traduzindo: não adianta orar; "Deus" não vai ouvir; a salvação não virá dEle.

No posto de gasolina, nos meus tempos de católico e nesse novo filme arrasa quarteirão, pude notar a mesma propaganda do adversário de Deus: o Criador abandonou a humanidade e se não fizermos alguma coisa, estaremos fadados à extinção. Nada mais terrivelmente errado!

Deus não nos abandonou! O próprio cumprimento detalhado das profecias bíblicas deixa isso bem claro. Nosso Senhor anunciou tudo antes para que não ficássemos perplexos e perdêssemos a fé. Ele disse que não nos deixaria órfãos (João 14:18). Disse também que “sem Mim nada podeis fazer” (João 15:5), quanto mais salvar o mundo – e a nós mesmo do pecado.

A salvação virá não dos esforços humanos, por mais que certos filmes e visões teológicas distorcidas tentem afirmar o contrário. Não virá tampouco dos extraterrestres. A salvação virá dAquele que já pagou nosso resgate com a própria vida, há dois mil anos, e virá para buscar aqueles que livremente aceitarem o oferecimento da vida eterna. Aí, sim, será o fim das injustiças, da dor e da morte!

Michelson Borges

Em tempo: A despeito da balela dos neutrinos, uma coisa interessante o filme mostrou: certas condições catastróficas seriam capazes de fazer com que massas de água invadissem os continentes causando estragos incalculáveis. No mundo antediluviano, em que se crê que as montanhas não eram tão altas quanto as de hoje, haveria condições de a água cobrir toda a Terra, conforme o relato bíblico. Mas quer ver só? No filme, muita gente acredita. Da Bíblia, muita gente duvida...

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